Aproximações RNAV em Portugal II

Já estão publicadas as duas primeiras aproximações por RNAV em Portugal, uma ao Corvo e outra a Vila Real.
Estas aproximações estão na nona emenda de 2009 ao AIP, entram em vigor a 19 de Novembro e podem ser vistas aqui. (Corvo na página 99)
Fiquei um pouco desapontado com os mínimos relativamente altos da aproximação ao Corvo, mas à que lembrar que actualmente só se pode aproximar em condições visuais, logo estamos perante uma melhoria importante.

Comentários

Anónimo disse…
Primeiro passo para o fim do ILS quando ainda nem instalaram o do Pico!!
Rui Medeiros disse…
Tendo em conta os mínimos altos, a descida em degraus e a necessidade de aprovação especifica, não estamos ainda num nível que permita a substituição do ILS. É um facto que para lá se caminha, mas quantos anos ainda vamos ter de esperar?
FALCÃO disse…
Não é preciso esperar. Todos os aviões que saem da fábrica já vêem com o GLS instalado.
Rui Medeiros disse…
Não é bem assim. É Verdade que a maior parte do aviões comerciais já trazem o equipamento necessário a aproximações deste tipo, mas isso não quer dizer que as possam fazer. Além disso, de que serve um avião e tripulação capaz e certificado para aproximações deste tipo se estas não estiverem publicadas?
FALCÃO disse…
Publicar é o mais fácil!!!
E para utilizar, basta seguir as indicações de eixo e ladeira do GLS, em qualquer Aeroporto do mundo. Não necessita de publicação. Basta instalar o soft no sistema e navegar!!! BY-BY ILS.
Rui Medeiros disse…
Mais uma vez, não é bem assim.
Sim, publicar é mais fácil do que toda a restante burocracia, mas não deixa de ser um processo complexo.
Mas dá-me a ideia que está a misturar os conceitos de GLS. Uma aproximação que utilize por base o sinal do GPS não quer dizer que possa substituir o ILS no que toca à precisão e mínimos até onde se pode descer.
As ladeiras que se pode seguir de que fala são as continuous approach e podem ser feitas com todos os aviões com FMS mesmo em aeroportos sem qualquer aproximação por GPS, aliás a TAP fá-lo no Pico com a aproximação por NDB, o computador calcula uma descida contínua em vez dos degraus com que a aproximação está feita para poupar combustível, e melhorar a estabilidade da aproximação como principais vantagens. Portanto nada de novidade com o GLS aqui, no entanto, para se fazer este tipo de descida, é necessário estar a seguir algum tipo de aproximação publicada.
À ainda que considerar as diferentes categorias de aproximações que utilizam por base o GPS, hoje em dia já são comuns muitas aproximações por GPS, mas não as do tipo que têm mínimos semelhantes às do ILS. Aliás, em termos de categoria 2 e 3, ainda não existem sistemas de aproximação por GPS certificados para igualar os seu mínimos.
Por isso repito, não é bem assim, o ILS caminha para ser substituído, mas não é uma coisa para amanhã.
Mais alguma informação sobre o assunto pode ser vista aqui: http://naverus.com/Learn.htm
FALCÃO disse…
Não vale a pena misturar as coisas.
GLS significa Gps Landing Sistem.
Não estou a referir qual a CAT, que, como é óbvio, varia de Aeroporto para Aeroporto, em função dos obstáculos que os circundam.
Em termos práticos,para quem nos lê e não é especialista, uma aproximação por ILS utiliza equipamento no solo e por GLS utiliza equipamento no céu.
Rui Medeiros disse…
Muito bem, mas há uma grande diferença entre uma aproximação por GPS como a do Corvo, com mínimos a 1000 pés e uma aproximação GPS como as poucas que já existem no Alasca, Canadá, Austrália e poucos mais sítios, onde se desce até mínimos até agora só possíveis com ILS.
Por exemplo, que me interessa uma aproximação GPS no Pico se não vier melhorar os mínimos actuais?
A mim parece-me que globalizar o significado de GPS neste contexto torna as coisas mais confusas para quem não é da área, há muitos tipos diferentes de aproximações por GPS, muito poucas rivalizam, para já, com o ILS.
Anónimo disse…
O problema do Pico não é os mínimos.
O grande problema é o vento Sul!! e esse não se resolve nem com ILS nem com GPS!!
Anónimo disse…
Boas. Sei que não o comentário está desenquadrado, mas há dias encontrei um novo cenário da ilha do Faial para FS, mas já não consigo encontra-lo na net.Alguem sabe quem o desenvolveu e onde posso fazer o download.Já agora o cenario do pico está muito bom, existe planos para algo mais?

Abraço
FALCÃO disse…
"aproximação GPS como as poucas que já existem no Alasca, Canadá, Austrália e poucos mais sítios, onde se desce até mínimos até agora só possíveis com ILS."

Como vê já não é preciso esperar ,já existe!!!
Rui Medeiros disse…
Cenário para o Faial só conheço o do Real Azores, mas tenho andado meio de fora dessa lides ultimamente, posso estar desactualizado.
Quanto ao do Pico, para já não tenho previsto nada novo.

Caro Falcão, parece que nenhum de nós vai dar o braço a torcer nesta discussão! É verdade, existem, mas são muito poucas, estamos no começo, são quase todas restritas às companhias que as encomendaram e requerem um grande número de condições e certificações especiais, não é uma coisa do "dia a dia" como o ILS, ainda!
Eu penso que entende o que eu quero dizer, mas também quer manter a sua, no fundo será possível ler as duas opiniões como correctas.
FALCÃO disse…
OK,Rui estamos de acordo.O GLS está no início e o ILS no fim.
dejalme disse…
Uma pergunta, sempre que as companhias utilizam o ILS pagam, certo? E com o novo sistema também é assim? Pelo que sei a SATA aterra quase sempre com a pista á vista, pois assim sai mais barato, prescindem das ajudas, para sair mais barato, se não tiver certo agradeço que me corrijam. Uma opinião minha sobre este assunto e eu sou do Faial, foi abordado num dos comentários os problemas dos nossos aeroportos é que alguns deles nao foram construidos nos melhores locais, e agora temos ventos predominantes que não ajudam e depois existe o nevoeiro também. O Aeroporto da Horta não tem ILS e os cancelamentos são poucos, é certo que em termos de segurança deviamos ter o melhor, mas já sabemos que as questões económicas prevalecem.
Rui Medeiros disse…
Caro Dejalme, os pagamentos de taxas aeroportuárias em Portugal está regulado pelo decreto regulamentar nº12/99 de 30 de Julho.
A maior parte das rádio ajudas em Portugal são da responsabilidade da NAV, que cobra uma taxa de controlo terminal que inclui a utilização de rádio ajudas, quer se usem ou não, de acordo com o regulamento mencionado.
Como a criação destes novos procedimentos também está a cargo da NAV, o pagamento de taxas deverá funcionar da mesma forma. Ou seja, as taxas serão definidas consoante os serviços que se podem prestar num determinado local e uma companhia que queira operar nesse local sabe que pode contar com esses equipamentos e pagará a taxa mesmo que na prática acabe por não os utilizar.
A SATA faz muitas aproximações visuais, quando as condições o permitem, porque assim se poupa muito tempo em relação aos procedimentos IFR. Ou seja, menos tempo de voo, menos combustível gasto, menos dinheiro e menos atrasos. Mas não pagam menos taxas por isso.