Aproximações RNAV(GNSS) em Portugal

O INAC está-se a preparar para começar a aprovar procedimentos de aproximação por instrumentos de não precisão baseadas no sistema de navegação por satélite (GNSS), ou seja, sem a utilização do sinal de rádio ajudas no solo.
Esta medida pode resultar numa grande melhoria nas condições de navegação por instrumentos da aviação comercial nos Açores, abrindo-se a possibilidade de implementar aproximações por instrumentos em S. Jorge e Corvo ou de baixar os mínimos nas restantes ilhas que não dispõe de aproximações de precisão.
Podem dar uma vista de olhos na Circular de Informação Aeronáutica que introduz esta novidade aqui.

Comentários

Anónimo disse…
Mestre Medeiros,será por isto que o ILS já não vai ser instalado no Pico?
Rui Medeiros disse…
É Rui se faz favor!
Pois, não sei de nada sobre um possível cancelamento da instalação do ILS no Pico, a última coisa que soube do assunto foi a adjudicação do planeamento de uma segunda movimentação de terras em Junho.
Mas até seria uma medida justificável dadas as potencialidades deste sistema. O único senão é que as operadoras têm de ser certificadas para o utilizar, o que significa que alguns aviões que poderiam utilizar o ILS para aterrar no Pico podem não estar autorizados ou ter o equipamento necessário para fazer uma destas aproximações. Mas como esse tipo de tráfego não é de forma alguma significativo no Pico...
E também há o investimento de mais de 1 milhão de euros na 1º movimentação de terras...
Tirando isso, já aqui disse que haveriam soluções mais eficientes que o ILS para uma aproximação de instrumentos decente ao Pico, e este sistema é uma delas!
Anónimo disse…
Este sistema juntamente com as obras em sao jorge e o VOR no cimo de sao jorge, o mestre rui acha qe vem melhorar e muito as operaçoes em sao jorge?
Rui Medeiros disse…
Bem, tendo em conta que o aeroporto de S. Jorge apenas pode receber tráfego VFR, prevê-se uma melhoria, uma vez que qualquer um destes sistemas tem a potencialidade de abrir o aeroporto ao tráfego IFR. Ou seja, agora só se pode operar em condições para o voo visual e poderá passar-se a operar com má visibilidade ou tectos baixos.
No caso do VOR, dá-me a sensação que a sua instalação pretende colmatar a falta de referências para o segmentos iniciais da aproximação para o Pico S. Jorge, Graciosa e Faial, bem como para servir de referência nos procedimentos de saída por instrumentos, mas poderá ser utilizado também para um procedimento de aproximação a S. Jorge, embora com algumas limitações porque não se prevê que fique alinhado com a pista.
Quanto a GNSS, esse sim permitirá aproximações com mínimos bastante baixos, é só uma questão de se criar o procedimento e dos operadores requisitarem todas as certificações necessárias para os poderem utilizar. Como os Q400 até já trazem equipamentos de navegação autónoma, não acredito que a SATA deixe passar a oportunidade de melhorar a sua operação nas nossas ilhas.