Muito se tem falado na possibilidade da liberalização das rotas do Continente para os Açores nos últimos tempos, e muitas têm sido as vozes que a reclamam, criticando o modelo actual principalmente por causa dos preços praticados.
Nem passou uma semana sobre a liberalização da rota para a Madeira, e depois dos anúncios com pompa e circunstância das tarifas promocionais, já se fala em voltar ao modelo antigo, porque o que ninguém se lembrou de dizer antes, é que as tarifas promocionais são limitadas e têm muitas restrições que os residentes não estavam habituados a ter. Além disso, se não se puder reservar um lugar atempadamente, as tarifas facilmente ascendem a valores na ordem dos 400 euros, muito mais do que pagava um residente anteriormente. Ou seja, a liberalização beneficiará mais, em termos de preços, um turista que planeia as suas férias com 6 meses de antecedência, do que um residente que nem sempre sabe quando vai ter de se deslocar ao Continente. O exemplo da Madeira é recente e as coisas ainda podem melhorar com o tempo, especialmente se aparecerem mais operadoras na rota, mas já dá para reflectirmos um pouco. Será que é isto que queremos para os Açores? E é preciso lembrar que somos 9 ilhas, o que implica um modelo de transporte aéreo muito mais complexo. Não vou dizer que o nosso sistema está bem assim e que não precisa de ser aperfeiçoado, mas antes de criticar e começar a acenar com a bandeira da liberalização é preciso pensar um bocadinho no que se está a dizer.
A liberalização não traz só coisas boas, e penso que no caso dos Açores terá muitas pontas por onde prejudicar os residentes, e enquanto não se puder garantir que não haverá ponta por onde se pegue, deveria manter-se um modelo com obrigações de serviço público.
Nem passou uma semana sobre a liberalização da rota para a Madeira, e depois dos anúncios com pompa e circunstância das tarifas promocionais, já se fala em voltar ao modelo antigo, porque o que ninguém se lembrou de dizer antes, é que as tarifas promocionais são limitadas e têm muitas restrições que os residentes não estavam habituados a ter. Além disso, se não se puder reservar um lugar atempadamente, as tarifas facilmente ascendem a valores na ordem dos 400 euros, muito mais do que pagava um residente anteriormente. Ou seja, a liberalização beneficiará mais, em termos de preços, um turista que planeia as suas férias com 6 meses de antecedência, do que um residente que nem sempre sabe quando vai ter de se deslocar ao Continente. O exemplo da Madeira é recente e as coisas ainda podem melhorar com o tempo, especialmente se aparecerem mais operadoras na rota, mas já dá para reflectirmos um pouco. Será que é isto que queremos para os Açores? E é preciso lembrar que somos 9 ilhas, o que implica um modelo de transporte aéreo muito mais complexo. Não vou dizer que o nosso sistema está bem assim e que não precisa de ser aperfeiçoado, mas antes de criticar e começar a acenar com a bandeira da liberalização é preciso pensar um bocadinho no que se está a dizer.
A liberalização não traz só coisas boas, e penso que no caso dos Açores terá muitas pontas por onde prejudicar os residentes, e enquanto não se puder garantir que não haverá ponta por onde se pegue, deveria manter-se um modelo com obrigações de serviço público.
Comentários
http://www.linhadafrente.net/modules.php?
name=Forums&file=viewtopic&t=12816#120781
Se depois disso continuar a achar que a liberalização das rotas para os Açores trará apenas benefícios, nem que seja apenas para S. Miguel, não será pedir muito que nos faça ver o seu ponto de vista de um modo mais claro e sem tentativas de provocar mais uma discussão entre Pico e Faial.
(o link deve ser todo pegado)
Veremos o que o futuro nos reserva.
-Deixa de haver voo para o Pico.
-Deixa de haver voo para o Faial, pelo menos de Inverno.
-Tenho de pagar bem caro se precisar de deixar o regresso em aberto.
-Tenho de pagar bem caro se precisar de comprar a passagem à última hora e os voos não estiverem praticamente vazios.
-Tenho de pagar bem caro nas épocas de maior procura porque as tarifas baixas e promocionais são limitadas e não tenho uma tarifa de residente garantida
-Como não há voo para o Pico tenho de pagar o bilhete para S. Miguel ou Terceira como extra.
-Deixa de haver obrigatoriedade de transportar carga.
-(...)
Mas atenção que a minha sardinha não é só minha, e por isso só entendo o seu comentário se for Micaelense, ou talvez Terceirense, sendo que estes últimos ainda podem ter motivos de preocupação numa eventual liberalização do espaço aéreo.
Excerto de:
http://www.correiodosacores.net/view.php?id=8193
"Para que os preços dos principais produtos de consumo fiquem iguais em todas as ilhas são mais caros na ilha de São Miguel. O mesmo sucede com as passagens aéreas e com o preço das tarifas nos transportes marítimos. Já não é demasiado pesada a factura que os micaelenses pagam pela dimensão arquipélago?
A solidariedade é um valor que devemos preservar. A Economia ensina-nos que a igualdade é perniciosa do ponto de vista do crescimento económico. Diz-nos que, a fim de potenciar o crescimento económico, os investimentos devem ser canalizados para as áreas ou regiões onde estes são mais produtivos. Estas são normalmente as grandes regiões, pelo facto de aí as infra-estruturas terem maior utilização. No nosso, caso as ilhas de maior dimensão. Mas a verdade é que a eficiência não é tudo. A coesão económica também tem valor. Se tal valor não fosse reconhecido, e se os investimentos fossem todos orientados segundo o princípio da eficiência, não seríamos, nós açorianos, aquilo que somos hoje. Tinha-nos faltado a solidariedade nacional e Europeia."
E ja agora, para falar em solidariedade nao significa andarmos a fazer sacrificios para estarmos apenas a beneficiar certas teimosias de voces no pico,porque entao tambem temos direito a ligacao.
Mas para mim deveria vir a liberacao de voos para a regiao, porque pareceme que no pico estao com muitos receios...
e www.defenderopico.blogspot.com
o seguinte:
É mais um golpe?
Poderão acusar-me de trazer para aqui só os temas das ligações aéreas, todavia, o problema é tão comprometedor do desenvolvimento do Pico, que não posso alhear-me, de novo, do que se passa. Então, não é que o Governo, após dar à luz novas definições de serviço público de transportes aéreos, "esqueceu-se" de salvaguardar condições que não penalizassem, ainda mais, o Pico? É o velho do Restelo e sempre inconformado a falar, dirão, mas uma ligação ao sábado à tarde Pico-Lisboa serve para quê? Não leva de saída quem quer passar o fim-de-semana fora ou traz quem o quer passar dentro, com o seria na sexta à tarde; não leva de saída quem precisa de ir a Lisboa tratar dos seus assuntos, comerciais, de saúde ou de lazer, ou leva de volta os turistas que, conforme as regras das viagens, tem que esperar pelo domingo para regressar a casa, como o seria uma ligação ao domingo – à tarde, já que TAP agora tem especial predilecção pelos alpardeceres , que também traria de volta os que passassem o fim-de-semana fora.
Assim, uma ligação numa tarde de sábado irá dar razões à má vontade da TAP em voar para o Pico e aos que rejubilam com o fracasso desta ligação e nada traz de mais valia à existente. No sábado de manhã seria ainda aceitável, pois que ainda aproveitaria a saída e entrada de e para o fim de semana. Assim dá que pensar: parece estarem coligados com os do “contra-Pico”. O Governo regional ao balizar o fim-de-semana deixou à TAP uma margem de manobra muito ampla. Não teria este maneira de “exigir” ao transportador – porque quem subsidia é que impõe as regras – um “horário” menos flexível, que não desse abertura aos horários mais inconcebíveis, e que traduzisse as verdadeiras necessidades? E terão sido consultado os operadores turísticos e outros agentes ou grupos que movimentam grande número de passageiros? E ninguém percebe que mais uma ligação iria gerar mais tráfego? Não há coragem para “deslocalizá-la” de aeroporto?
Que diabo! De mal a pior, não! Daqui a uns meses dirão que é inviável a rota, porque não tem ocupação!!
Mas não há vontade em fazer-se um inquérito, um estudo, o que for, ao movimento “genuíno” do Pico, que ponha as ligações a nossa ilha no devido lugar e se reduza o engordar da estatística de outros aeroportos à nossa custa, pois que as que existem nada traduzem da realidade. Como é que o serviço público contempla voos diários e bi-diários, de outros aeroportos, à nossa custa, também? Enquanto por cá se conformarem, haverá toupeiras a minar o terreno… E depois, quando for tarde demais, queixem-se!...
Passeem por lá, comentem, contestem, mas expressem o que pensam.
Há tempos quis marcar um voo Lix-Pix-Lix para um Sabado de Agosto (Depois de ja se ter dito que o voo seria ao Sabado!).
Mas na Tap não tinham nada! Tive de marcar pela Horta,claro!
A nao ser que quisesse passar horas no aeroporto da Terceira, em transito.
Continuamos a ser bem enganados no Pico.
Estamos cada vez piores e ficaremos cada vez piores se nao formos capazes de um dia dar o grito do "Ipiranga", claro, a moda do Pico e dizer basta. Estamos fartos de sermos prejudicados e a melhor maneira de o demonstrarmos e de utilizarmos a unica arma democratica que ainda possuimos e expressarmos o nosso descontentamento atraves do... VOTO!
abraços,
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