Estava à espera de mais algumas novidades no que toca ao aeroporto do Pico por causa da visita do Governo Regional. Afinal apenas se disse que o segundo voo semanal vai ter um período alargado, mas não se sabe exactamente por quanto tempo, nada de novo se acrescentou sobre a possibilidade lançada por Duarte Ponte da mudança do voo para a Sexta, sabe-se que o processo para a disponibilização de combustível está em andamento, mas não se sabe para quando estará concluído, nem foram dadas garantias que logo após a sua conclusão os voos deixarão de escalar a Terceira. Mais notícias sobre as ligações com Lisboa ficam adiadas assim para quando sair o concurso público que tem de ser revisto para 2008, mas as expectativas já não são tão boas como eram após a última sessão do plenário açoriano, quando o segundo voo semanal durante todo o ano parecia já ao nosso alcance em 2008.
A única notícia interessante destes dias veio da IV bienal do turismo rural atlântico, onde se falou na introdução, em breve, de uma nova rota para a SATA Air Açores, um voo directo Pico S. Jorge, todos os dias durante todo o ano. Mas, há sempre um mas, também não sabemos quando é breve e quais serão as características desta ligação, porque se é o voo Terceira - Pico que passa a fazer Terceira – S. Jorge – Pico e volta, também não ganhamos nada.
Comentários
Um voo diário Pico-São Jorge, para quê? Para ir comer amêijoas e comprar queijo? Já dizia o nosso Povo "Com papas e bolos, se enganam os tolos!"
Além disso, foi dito que a rota Pico S. Jorge já tem procura, uma vez que durante o verão o voo que sai para a Terceira vai logo de seguida para S. Jorge ainda com o mesmo número de voo, e o voo que sai de S. Jorge para a Terceira vem também logo de seguida para o Pico com o mesmo número de voo.
Mais um voo é sempre mais um voo, e como não há aviões baseados no Pico ou S. Jorge é mais um voo que tem de ser feito beneficiando a ilha escolhida com mais uma frequência, e como os voos para as Flores e Corvo que fazem escala na Horta beneficiando as suas estatísticas, porque não quero acreditar que este voo directo para S. Jorge implique abdicar do directo com a Terceira.
Sou da opinião que aproveitar o Dornier para explorar rotas deste tipo faz sentido, afinal ele só voa 3 dias por semana quando vai ao Corvo, era uma forma de o rentabilizar e ao menos testava-se a rota na prática. Dado um preço razoável acredito que muita gente, especialmente turistas, prefira voar 10 minutos que andar de barco 30.
Entretanto gostava de saber como é que me arranja um avião da mesma dimensão que leva mais passageiros ou carga...
O Dornier foi desenhado para uma missão, e o ATP para outra, e dentro da missão que cada um desempenha, podemos dizer que o Dornier até é um melhor avião que o ATP, e como indicador disto têm por exemplo o número de vendas e o número de aviões ainda ao serviço de transporte de passageiros.
A SATA pode não gostar dele porque implica mais tripulações e só voam 3 dias por semana para ir ao corvo, compreende-se mas isso não faz dele um mau avião, os passageiros podem não gostar dele porque é pequeno e sente-se mais os efeitos do mau tempo, mais uma vez compreende-se mas isso também não faz dele um mau avião.
1º Penso que a única incorrecção do voo Pico-S. Jorge está em este ter sido anunciado pela TAP. Contudo, sabemos que esta companhia tem code-sharing com a SATA. Ou seja poderá ser a SATA a fazer o voo e aí fará todo o sentido a ligação Pico-S. Jorge, não?
2 º Mesmo voando a TAP, esta ligação continua a fazer todo o sentido, sim senhor. Uma vez que esta companhia os irá realizar com aviões do consórcio europeu. Já não faria sentido se os fizesse com aviões da Boeing.
Passo a explicar, então a marca europeia não diz "Air Bus", ou seja "Ar Autocarro", por outras palavras autocarro do ar. Cá está o busílis da questão, que César inteligentemente pensou mas não disse. Falta só pintar umas faixas nos aeroportos do Pico e de S. Jorge e escrever Bus, como eu vi nas ruas de Lisboa. E já está.