Não, não é no Pico, é em Lodz na Polónia, num aeroporto com pouco mais tráfego que o Pico, com uma placa de tamanho idêntico e uma aerogare ainda mais pequena, que há 3 anos começou a receber a Ryanair numa pista tão pequena como a do Pico, mas que entretanto cresceu para os 2500 metros de modo a responder ás verdadeiras necessidades dos 737-800 que são agora visitas diárias.
Não pude deixar de comparar os dois aeroportos e a obra neles feita a quando da minha visita, porque são de facto dois aeroportos que se relacionam na forma como há bem pouco tempo não recebiam mais do que ligações regionais e estão agora a começar a evoluir para novas rotas, embora de forma mais tímida no Pico, que não têm uma Ryanair a catapultar o número de voos.
Lodz é agora um aeroporto em expansão, com planos para se tornar numa altenativa a Varsóvia, estando para isso a dar ínicio à construção de um novo terminal, e deixará, então, de fazer sentido esta comparação, mas fica esta história de como uma companhia mudou um aeroporto, história que podia ser a do Pico também...
E lá se foi o Ryanair embora, e para ver coisas realmente diferentes, visitei o futuro museu de aviação de Lodz!
Mil Mi-6
Ilyushin Il-14
Tupolev Tu-134
Tupolev Tu-134 (cockpit)
E um monte de caças Russos para os quais o meu colega não encontrou os nomes todos!
Comentários
Viagem atribulada
Pois foi!! Fui de férias, e para não ser diferente de tudo o que se passa comigo, tenho uma história para contar!
Para quem ainda não sabe, tenho aquela coisa esquisita, que tem um nome esquisito mas que eu não sei qual é...para mim é simplesmente PAVOR de andar de avião!!
Mas lá fui...com um calmantezinho a tentar fazer efeito, mas acabando por ser mal sucedido...
A viagem de ida até nem foi má...as férias em si poderiam ter sido melhores se a pirralhita não tivesse adoecido, mas...vá lá!! A verdadeira aventura começa na viagem de regresso!
Saímos de Lisboa às nove da manhã (hora local, ou seja, menos uma cá) para aterrarmos no aeroporto do Pico por volta das dez e meia, mais coisa, menos coisa...
O voo foi um pouco turbulento, mas nada de especial...
Quando começámos a descer para iniciar a aterragem, a coisa começou a ficar preta...literalmente preta!
As nuvens estavam tão baixas, que não se conseguia ver nada...até que conseguimos ver uma nesga de mar...pensei, "vamos conseguir!!"
Mas ainda mal tinha concluído o pensamento, senti uma coisa que até hoje não sei explicar, e só mais tarde é que percebi que era o avião a levantar a toda a força porque perceberam que não íam conseguir aterrar...tive a sensação de que as "tripas" tinham ficado coladas ao chão...juro!!!
Daí que levantámos novamente e ficámos ali a sobevoar o Pico, durante não sei quanto tempo...até que nos disseram que não dava e que íamos "tentar" aterrar na Terceira porque já estávamos a ficar com pouco combustível!!!
Deus do céu!!! Ía endoidecendo!!Só conseguia pensar na impossibilidade de aterrarmos na Terceira...e depois??
Bem, mas lá aterrámos...
Saímos do avião às onze e trinta e fomos encaminhados para a sala de embarque, à espera que as condições atmosféricas melhorassem para tentarmos chegar ao nosso destino.Passados talvez dez minutos, ou seja, a faltar um quarto para o meio dia, sensivelmente, alguém disse, através do altifalante, que o voo estava atrasado e que às treze horas e cinco minutos seriam dadas novas informações.
Ficámos à espera...
Entretanto quis ir ao bar comprar uma garrafa de água para a miúda (àquela hora já não havia água no bar, nem sandes nem quase nada que se comesse!), e foi quando vi que um grupo de pessoas do nosso voo estava a ser encaminhado para uma residencial e a que lhes estavam a ser dadas alternativas de voo. Pensei "bom, talvez estejam a encaminhar estas pessoas agora e mais tarde falem connosco..."
E esperámos, esperámos, esperámos...passaram-se as treze horas, as catorze, as quinze e chegaram as dezasseis...e nada de nos dizerem absolutamente NADA!!!
Até que as pessoas começaram a ficar zangadas...
E começaram a querer saber o que se estava a passar.
Primeiro disseram que iam tentar aterrar novamente no Pico; depois, que iam voltar a Lisboa e que pagavam hotel e comida e que efectuavam o voo no dia seguinte...menos mal! Mas logo daí a pouco a conversa já era outra: definitivamente iriam regressar a Lisboa, mas a TAP não se responsabilizava nem pela estadia nem pelas refeições e nem pelo voo no dia seguinte!!!!
E por aí adiante, coisas e mais coisas...
Conclusão: Os voos de ligação Terceira/Pico estavam cheios até sexta feira (estávamos numa terça!), pelo que tivemos que apanhar um barco no dia seguinte, depois de pagarmos residencial e refeições do nosso bolso, bem como a viagem até ao Pico, seis horas de viagem de barco!!!
Foi difícil chegar a casa, mas lá conseguimos...
Continuo a achar que fomos vítimas de uma injustiça tremenda por parte da TAP, fixemos uma reclamação por escrito, mas até hoje não nos disseram nada (típico!!)
Pior do que tudo foi que o meu medo aumentou, a acho que avião só daqui a muuuuito tempo!!!"
Abraço